AMAZONAS
Morte durante chuva em Manaus. Há os que lucram com essa tragédia anunciada

As encostas desabam, avenidas, ruas e becos alagam. Cada chuva em Manaus é uma tragédia anunciada. Lamenta-se cada morte, cada perda de bens conquistados a muito custo, mas a culpa em parte por todos esses problemas é da população, do hábito de jogar nas ruas copos, garrafas, lixo, animais mortos.
E de um crescente comércio imoral de terras em áreas de risco, invadidas por quadrilhas que as vendem em seguida para os mais pobres, estimulam a construção de barracos que um dia vão cair e provocar tragédias.
Ninguém cobra dos chefes das quadrilhas quando um barraco cai. A cobrança é em cima do poder público e essa é uma forma de dominação do crime organizado e sua politica de tornar o Estado refém.
Áreas nobres – como o Porto do Ceasa, com vista panorâmica do Rio Negro, está sendo invadida e barracos construídos em torno do barranco. Vão cair e os moradores apontar o dedo para o poder público – que tem sua culpa sim, pois não age preventivamente, impedindo esse tipo de ocupação irregular do solo urbano.
O mesmo acontece na Colônia Antônio Aleixo, na parte mais nobre onde o encontro das aguas dos rios Amazonas e Negro pode ser visto, agora completamente invadida.
Há um silencio cúmplice das autoridades. Há grupos especializados em invasão que lucram em cima dos mais pobres. Há um desrespeito a vida, a cidade, a cidadania. E ninguém parece disposto a colocar um fim nesse cenário de sofrimento e morte.
Fonte: Portal do Holanda
