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AMAZONAS

PF, MPF e PC-AM buscam identificar causas e responsáveis por desabamento de ponte na BR-319

Estrutura desabou na quarta-feira (28), matando quatro pessoas. 14 pessoas ficaram feridas e ainda há desaparecidos.

Publicado

A Polícia Federal (PF), Ministério Público Federal (MPF) e Polícia Civil do Amazonas (PC-AM) se mobilizaram para apurar as causas e identificar os responsáveis pelo desabamento da ponte sobre o Rio Curuçá, localizada no km 25 da BR-319, no Careiro, interior do estado. A tragédia deixou quatro mortos, 14 feridos e ainda há desaparecidos.

A ponte fazia parte da BR-319, que é o único acesso do Amazonas ao restante do país por via terrestre. Para chegar ao local, é necessário pegar uma balsa na outra margem do rio, em Manaus.

Ações da PF

Segundo o superintendente da PF no Amazonas, Eduardo Fontes, os peritos tentam identificar a causa do desabamento.

“Nós estamos então com perícia no local, fazendo exames preliminares para identificar a causa do desabamento. Nós trouxemos um perito especialista em estruturas para somar os esforços aqui com a nossa equipe e com equipamentos modernos. Inclusive, vamos fazer escaneamento 3D de toda a região para efetivamente identificar o que foi que causou esse desabamento”.

O delegado também disse que a Polícia Federal já está ouvindo funcionários do Departamento Nacional de Infraestrutura de Transportes (Dnit) para identificar os responsáveis pela tragédia.

“Estamos fazendo a oitiva do pessoal do Dnit para entender quem era o responsável por esse trecho rodoviário ali e também se havia alguma empresa que fiscalizava, supervisionava. Também vamos ter que ouvir a Polícia Rodoviária Federal para, enfim, identificar eventual omissão criminosa. Nesse caso, vamos analisar os processos administrativos do Dnit envolvendo a licitação, enfim, tudo isso será analisado nesse caso”.

PC-AM abre inquérito

A Polícia Civil do Amazonas também abriu um inquérito policial para investigar o caso. O procedimento está sendo investigado pelo delegado do município, David Jordão. Segundo ele, a investigação quer identificar o que ocorreu na ponte momentos antes do acidente.

“Desde os primeiros momentos, a Polícia Civil estava presente. O que já apuramos é que havia um servidor, de uma empresa terceirizada do Dnit, inclusive, já foi chamado para prestar depoimentos. Ele estava [na ponte] dando informações para alertar os motoristas de caminhões sobre o local”.

Ministério Público Federal

O Ministério Público Federal (MPF) disse, nesta sexta-feira (30), que encaminhou ofício ao Dnit requisitando informações sobre a obra realizada na ponte que desabou.

O documento prevê prazo de cinco dias para que o Dnit informe, inclusive, sobre as medidas adotadas para apuração das causas do acidente e possíveis responsabilizações.

O MPF disse ainda que, desde 2021, acompanha, por meio de inquérito civil, as condições estruturais do trecho da estrada, a partir de representação que apontava o rompimento iminente da via naquela altura.

No início do mês, o Dnit informou que o contrato para realização de obras emergenciais na estrada estava concluído e que aguardava o envio do documento técnico demonstrativo das obras realizadas pela empresa contratada.

Quem são os mortos

O desabamento da ponte deixou pelo menos quatro pessoas mortas. A primeira vítima identificada foi Maria Viana Cordeiro, de 66 anos, servidora aposentada da Prefeitura de Manaus. A segunda vítima identificada foi o motorista Marcos Rodrigues Feitosa, de 39 anos.

O cirurgião-dentista Rômulo Augusto de Morais Pereira, de 36 anos, foi a terceira vítima identificada da tragédia. Darliene Nunes Cunha, de 25 anos, foi a quarta vítima identificada. Todo o trabalho de necropsia será feito pelo Instituto Médico Legal (IML).

Nesta sexta-feira (30) os bombeiros entraram no terceiro dia de buscas. Há pelo menos 15 desaparecidos no local. Ao todo, três veículos já foram retirados do Rio Curuçá, durante os trabalhos realizados nesta quinta. Outros quatro ainda estão no fundo do rio, que tem entre 20 a 25 metros de profundidade.

Fonte: G1 Amazonas