Presidente da Argentina, Javier Milei, Encerra Home Office e Anuncia Revisão no Funcionalismo Público

O presidente recém-empossado da Argentina, Javier Milei, iniciou sua gestão com ações impactantes, encerrando o regime de home office no funcionalismo público e anunciando uma revisão abrangente nos cargos e contratos governamentais.

Durante sua primeira reunião com os nove ministros, realizada nesta segunda-feira (11) na Casa Rosada, sede do governo, Milei determinou o retorno ao trabalho presencial para todos os membros de suas pastas. Segundo a vice-presidente Victoria Villaruel, a decisão visa promover a eficiência no serviço público. O presidente também solicitou um “inventário geral” de funcionários públicos, cargos comissionados e uma revisão minuciosa de contratos vigentes nos ministérios. Esses anúncios levantaram especulações sobre possíveis demissões em massa, alimentando preocupações ao longo do dia.

As atenções agora se voltam para as ações do ministro da Economia de Milei, previstas para serem anunciadas nesta terça-feira (12). A imprensa argentina antecipa que essas medidas irão além de um simples pacote, possivelmente incluindo um amplo plano de ajustes fiscais, como sugerido por Milei em seu discurso de posse.

O novo presidente argentino enfatizou a urgência em lidar com o déficit fiscal, afirmando que “não há solução sem enfrentar o déficit” e destacando a necessidade de cortes no setor público para evitar impactos negativos no setor privado. Em um gesto simbólico, durante sua cerimônia de posse no domingo (10), Milei recebeu o bastão presidencial de seu antecessor, Alberto Fernández. O bastão revelou esculturas dos rostos dos cachorros clonados do novo líder, todos homenageando economistas liberais. Milei, conhecido por sua afinidade com cães, considera seus animais de estimação como conselheiros e supostamente tem uma comunicação interespécies com o cachorro original, Conan.

No domingo, Milei também assinou seu primeiro decreto, reduzindo o número de ministérios do país para nove, metade do governo anterior de Alberto Fernández. Essa medida, segundo Milei, representa o início da redução dos gastos públicos, uma das principais bandeiras de seu governo. Em seu discurso de posse, ele afirmou que a Argentina está ingressando em uma nova era, marcada pelo fim da “noite populista” e pelo renascimento de uma Argentina “próspera e liberal”. O presidente prevê que as mudanças iniciais podem trazer dificuldades, mas reitera que “não há dinheiro” e que o país precisa enfrentar esses desafios para se reconstruir.