Manifestantes Realizam Homenagem a Cicloviajante Assassinada em Ativismo por Direitos Femininos

Mais de uma centena de manifestantes, em sua maioria artistas e cicloativistas, promoveram um ato na noite desta sexta-feira (12) no vão livre do Museu de Arte de São Paulo (Masp), em memória da artista venezuelana e da cicloviajante Julieta Ines Hernandez Martinez, conhecido como palhaça Jujuba, que foi brutalmente assassinado no estado do Amazonas.

Julieta, de 37 anos, estava desaparecida desde 23 de dezembro do ano passado, com seu corpo sendo descoberto em 6 de janeiro, no município de Presidente Figueiredo (AM). A Polícia Civil do estado indiciou Thiago Agles da Silva e Deliomara dos Anjos Santos pelo crime, respondendo por ocultação de cadáver, latrocínio e estupro.

O ato, denominado “Bicicleta Julieta Presente”, conto com homenagens através de canções e a distribuição de narizes de palhaço, uma referência a uma das atividades da artista circense venezuelana. Mesmo sob uma forte chuva na região da Avenida Paulista, em São Paulo, os manifestantes planejaram uma passagem de bicicleta até a Praça da República, passando pela Rua Augusta.

“Essa manifestação é para dizer que a gente é livre e que nós queremos vivas umas às outras. Parem de nos matar. Nós temos o direito de andar como quisermos, para onde quisermos, sem sermos mortas”, destacou Kimberlin Portes, também cicloviajante, artista de rua, malabarista e palhaça.

A artista, que integrava o grupo de cicloviajantes “Pé Vermei” desde 2015, viajava de bicicleta do Rio de Janeiro até a Venezuela, seu país natal, quando foi vítima de violência.

Em diversas cidades brasileiras e no exterior, manifestações foram realizadas na memória da artista, destacando a preocupação com a violência contra as mulheres e apontando para a necessidade de ações que promovam a igualdade de gênero.