NACIONAL
Médicos peritos do INSS planejam nova paralisação para 31 de janeiro

Médicos peritos do Instituto Nacional do Seguro Social (INSS) realizaram mais uma paralisação parcial das atividades nesta quarta-feira (24), e já têm planos de repetir o movimento no próximo dia 31 de janeiro, caso não haja um acordo entre a categoria e o governo federal. A informação foi confirmada pelo vice-presidente da Associação Nacional dos Médicos Peritos da Previdência Social (ANMP), Francisco Eduardo Cardoso Alves.
Esta é a segunda vez que os médicos peritos deflagram o movimento, sendo o primeiro ocorrido no último dia 17 de janeiro. Francisco informou que a paralisação desta quarta contou com a adesão de 70% dos profissionais em todo o país, sendo 60% no Amazonas.
“As reivindicações são as mesmas: concurso público, reajuste salarial para compensar a inflação e respeito ao acordo de greve de 2022 que está sendo desrespeitado pela atual gestão”, comentou Alves.
O vice-presidente da ANMP ressaltou que o INSS enfrenta um déficit de pelo menos 3,5 mil peritos, sendo que a categoria está há mais de 13 anos sem a realização de um novo concurso público para o preenchimento de vagas.
“Cerca de 20 mil perícias deixaram de ser feitas, hoje [quarta], em virtude da paralisação. Se o governo insistir em não abrir mesa de negociação, vamos paralisar de novo em 31 de janeiro. E se continuar assim, iremos para greve por tempo indeterminado”, alertou Alves.
Segundo dados do Portal da Transparência Previdenciária, de dezembro do ano passado, a fila de espera para perícias ultrapassava 850 mil pedidos. O tempo médio de espera para concessão dos benefícios é de 45 a 90 dias. No Amazonas, em novembro de 2023, foram realizadas 43.283 concessões de benefícios.
A Associação Nacional dos Médicos Peritos da Previdência Social informou que, dos 3.227 peritos médicos federais, 2 mil aderiram à paralisação de alerta, representando 70% do percentual. O estado do Amazonas possui 30 agências da previdência social fixas e duas móveis, sendo sete delas distribuídas pelas principais zonas da capital amazonense.
A reportagem tentou contato com o INSS nacional e com a unidade do Amazonas, mas até o fechamento desta matéria não obteve resposta. O espaço continua aberto para manifestações.
