NACIONAL
Presidente do PL e ex-ministro rompem pacto de silêncio em depoimentos sobre suposto golpe

O pacto de silêncio entre Jair Bolsonaro e os militares convocados para depor na Polícia Federal (PF), sobre a suspeita de um golpe de Estado, foi quebrado pelo presidente do PL, Valdemar Costa Neto, e pelo ex-ministro da Justiça e Segurança Pública, Anderson Torres. Segundo seus advogados, ambos responderam às perguntas dos investigadores.
Costa Neto compareceu à PF e respondeu a todas as perguntas, conforme sua defesa. Já Torres, após cinco horas de depoimento, respondeu serenamente a todas as perguntas feitas, conforme nota divulgada por seu advogado.
Bolsonaro tem expressado descontentamento com a postura de Valdemar Costa Neto desde sua prisão pela PF. O presidente esperava que Costa Neto fizesse mais críticas públicas ao Supremo Tribunal Federal (STF) e à investigação, mas acredita que ele preferiu manter-se em silêncio para não desagradar Alexandre de Moraes.
Bolsonaro negou, mais uma vez, qualquer planejamento de golpe de Estado. Em entrevista à rádio CBN Recife, afirmou que um golpe demandaria armas, conspiração e tanques de guerra nas ruas, o que não aconteceu. O presidente deve prestar depoimento à PF nesta quinta-feira (22/2), mas sua defesa alega não ter tido acesso aos autos.
Sobre o ato convocado para domingo (25/2) em São Paulo, Bolsonaro o vê como oportunidade de defesa. Ele também abordou temas como sua inelegibilidade, prisão de colegas e a transferência de dinheiro para o exterior.
