AMAZONAS
Potássio do Brasil obtém licença ambiental para exploração de minérios em Autazes após nove anos de impasse

Após nove anos de debates e disputas judiciais, o Instituto de Proteção Ambiental do Amazonas (Ipaam) concedeu, nesta segunda-feira (8), uma autorização para que a empresa Potássio do Brasil explore o minério no município de Autazes, na Região Metropolitana de Manaus . O anúncio foi durante um evento na sede do Governo do Amazonas, com a presença de empresários, políticos e líderes indígenas.
A concessão da licença foi celebrada pelo presidente da Potássio do Brasil, Adriano Espeschit, que destacou o potencial do projeto para suprir parte da demanda nacional por potássio, um componente essencial para a produção agrícola. Atualmente, o Brasil importa 90% do potássio utilizado pelo agronegócio, e a empresa pretende abastecer 20% desse mercado.
O projeto da Potássio do Brasil em Autazes representa um investimento significativo, com a empresa já tendo aportado R$ 1 bilhão e planeja investir mais R$ 13 bilhões. A exploração da mineração gerará aproximadamente 1,3 mil postos de trabalho diretos e 16 mil empregos indiretos na região.
Adriano Espeschit enfatizou que a produção será destinada exclusivamente ao mercado nacional, suprindo atualmente a demanda do estado do Mato Grosso, que representa 21% do agronegócio brasileiro. Para viabilizar o transporte do potássio até o Mato Grosso, a empresa planeja asfaltar uma estrada que ligará a usina a um porto nas margens do Rio Madeira.
O empreendimento da Potássio do Brasil envolveu um longo processo de contestação, envolvendo questões ambientais e indígenas. No entanto, após decisões definidas do Tribunal Regional Federal da 1ª Região (TRF1), a empresa finalmente recebeu a autorização para obrigação com o projeto.
O presidente da Potássio do Brasil ressaltou que o empreendimento está situado fora de terras indígenas e que foram adotadas medidas para minimizar os impactos ambientais, utilizando áreas anteriormente degradadas. O Governo do Amazonas considera o projeto como parte de uma nova matriz econômica para o estado, buscando diversificar sua base produtiva.
