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MANAUS

Julgamento se aproxima: Réus são ouvidos em processo sobre morte de pm em unidade militar de Manaus

Fase de instrução encerrada; acusação sustenta homicídio doloso, enquanto defesa alega suicídio

Publicado

Na segunda-feira (22), a Vara da Auditoria Militar do Estado do Amazonas conduziu o interrogatório do sargento da Polícia Militar do Amazonas (PMAM), Júlio Henrique Gama, réu no processo que investiga a morte da soldado Deusiane da Silva Pinheiro, encontrada sem vida dentro da Companhia Fluvial do Batalhão Ambiental, situada no bairro Tarumã, zona oeste de Manaus, em abril de 2015. Com o encerramento da fase de instrução, o processo avança para a etapa de alegações, preparando-se para o julgamento.

Além de Gama, já foram ouvidos os sargentos Cosme Moura Souza, Narcízio Guimarães Neto, Jairo Oliveira Gomes e Elson dos Santos de Brito, este último acusado pelo Ministério Público do Amazonas (MP-AM) como autor do disparo que resultou na morte da vítima. Segundo o Tribunal de Justiça do Amazonas (TJAM), a decisão será proferida pelo juiz de Direito da Auditoria Militar Alcides Carvalho Filho, em conjunto com o Conselho Permanente de Justiça, composto por oficiais da PMAM.

A investigação aponta que Deusiane faleceu em 1º de abril de 2015, na unidade militar onde prestava serviço, após ser atingida por um disparo de arma de fogo na região da cabeça. O MP-AM sustenta a tese de homicídio por parte do ex-namorado da vítima, à época cabo, Elson dos Santos Brito, enquanto a defesa do réu alega suicídio.

Familiares da soldado contestaram a alegação de suicídio, apoiando a denúncia do MP-AM contra Elson dos Santos por homicídio doloso qualificado por motivo torpe, e contra Jairo, Cosme, Narcízio e Júlio por falso testemunho. Todos os réus aguardam o desfecho do processo em liberdade. Conforme a denúncia do MP-AM, os laudos periciais, registros e depoimentos colhidos contradizem a versão de suicídio.

A denúncia do promotor de Justiça Edinaldo Aquino Medeiros sugere que Elson teria executado Deusiane, substituído o ferrolho da arma do crime e apresentado outra arma como sendo a utilizada no suposto suicídio, com a suposta conivência dos demais policiais envolvidos no caso. A primeira audiência de instrução, em abril de 2018, contou com o depoimento de oito pessoas arroladas pela acusação, revelando detalhes sobre o relacionamento tumultuado entre Deusiane e Elson, culminando no trágico desfecho.

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