Justiça de Goiás determina soltura de pastor suspeito de crimes sexuais contra fiéis

A Justiça de Goiás ordenou a libertação do pastor Davi Vieira Passamani, suspeito de crimes sexuais contra fiéis de sua igreja em Goiânia. O líder religioso foi denunciado por importunação sexual por três mulheres, conforme relatado pela delegada Amanda Menucci. A prisão ocorreu enquanto Passamani se dirigia a um evento religioso no Jardim Goiás.

A decisão foi proferida na última terça-feira (23), acatando um pedido de habeas corpus apresentado pela defesa do pastor. No entanto, foram impostas restrições, incluindo o uso de tornozeleira eletrônica.

Em comunicado, o advogado de Passamani explicou que o Tribunal considerou a ausência de fundamentos legais para manter a prisão preventiva do cliente e, portanto, decidiu revogá-la. O advogado, Luiz Inácio Medeiros Barbosa, ressaltou que outras medidas cautelares foram estabelecidas para garantir o desenvolvimento adequado do processo penal até que uma sentença seja proferida.

A Diretoria-Geral de Polícia Penal (DGPP) confirmou a libertação de Passamani e sua colocação sob monitoramento por tornozeleira eletrônica.

Passamani é o fundador da Igreja Casa, em Goiânia, mas renunciou ao cargo de presidente e líder religioso em dezembro de 2023, após ser denunciado por importunação sexual por uma fiel.

O caso ganhou destaque em março de 2020, quando uma jovem de 20 anos utilizou as redes sociais para denunciar Passamani por importunação sexual. Posteriormente, outra vítima registrou um boletim de ocorrência em dezembro de 2023, acusando o líder religioso de enviar mensagens com teor sexual e realizar uma chamada de vídeo indecente. As investigações estão em andamento pela Polícia Civil.