AMAZONAS
Rio Negro em Manaus Registra Queda na Vazante

O nível do Rio Negro em Manaus apresentou uma redução de 9 cm desde o dia 23 de junho até esta quarta-feira (3), conforme dados fornecidos pelo Porto de Manaus. Comparativamente ao mesmo período do ano passado, quando o estado enfrentou sua maior estiagem registrada, a queda atual é menos acentuada, com mais de 20 cm de descida observados.
Atualmente, o Rio Negro está marcando 26,76 metros, após ter registrado 26,84 metros no final de junho, marcando o início da vazante com uma redução inicial de 1 centímetro.
A previsão é que o Amazonas enfrente uma das maiores secas de sua história em 2024, segundo informações do Serviço Geológico do Brasil (SGB).
Dados do Porto de Manaus e Seca Histórica
Em 26 de outubro de 2023, o Amazonas registrou sua maior seca em 121 anos, com o nível do Rio Negro atingindo 12,70 metros, conforme registros do Porto de Manaus.
Essa marca superou a seca mais severa já registrada anteriormente no Rio Negro, em 2010, quando alcançou 13,63 metros, resultando na declaração de situação de emergência em todos os 62 municípios do estado.
Alerta do Sindarma
O Sindicato das Empresas de Navegação Fluvial no Estado do Amazonas (Sindarma) emitiu um novo alerta esta semana para as transportadoras de cargas e a população em geral sobre os baixos níveis dos principais rios e bacias fluviais em comparação ao ano passado, quando ocorreu a maior seca da história.
O Sindarma havia emitido o primeiro alerta em fevereiro deste ano, com base em dados coletados pelas transportadoras, que agora se confirmam com o início oficial da estiagem.
Segundo o Monitor de Secas da Agência Nacional de Águas e Saneamento Básico (ANA), entre abril de 2023 e abril de 2024, houve um déficit de 27% no volume das chuvas na região amazônica.
Prognóstico e Impactos
Na semana passada, o Centro Gestor e Operacional do Sistema de Proteção da Amazônia (Censipam), ligado ao Ministério da Defesa, apresentou um prognóstico de estiagem severa em 14 estações de monitoramento entre setembro e novembro. Há previsões de que o período mais crítico ocorra em Manicoré e Fonte Boa (Rio Madeira) em setembro, e em Tabatinga (Solimões) e Manaus em novembro, podendo alcançar mínimas históricas.
