Epidemia de Leptospirose no Rio Grande do Sul: Mais de 500 Casos Confirmados e 25 Mortes

Porto Alegre, 10 de julho de 2024 — O Rio Grande do Sul enfrenta uma situação preocupante com a leptospirose, doença transmitida principalmente pela urina de animais infectados, como ratos, presentes em áreas alagadas durante as enchentes recentes. Até o momento, o estado já registra 546 casos confirmados e 25 mortes devido à doença.

Segundo dados da Secretaria de Saúde, foram notificados um total de 6.520 casos suspeitos, dos quais 3.811 ainda estão sob investigação. Além das mortes confirmadas, há seis óbitos em investigação em diferentes municípios gaúchos, incluindo Porto Alegre, Novo Hamburgo, e São Leopoldo.

A leptospirose é uma enfermidade febril aguda que pode ser contraída pelo contato direto ou indireto com água ou lama contaminada por urina de animais infectados. Os sintomas geralmente surgem de cinco a 14 dias após a exposição, podendo se estender até 30 dias.

Diante do cenário de chuvas intensas e inundações em várias regiões do estado, a Secretaria de Saúde alerta para a importância do tratamento imediato em casos suspeitos, utilizando antibióticos para evitar complicações graves. Casos leves podem ser tratados ambulatorialmente, enquanto casos severos necessitam de hospitalização urgente.

Além do combate direto à doença, a recomendação é manter medidas de prevenção rigorosas, como a desinfecção de ambientes inundados com água sanitária, armazenamento seguro de alimentos e limpeza constante para evitar a presença de roedores.

O Centro Estadual de Vigilância em Saúde continua monitorando de perto a situação, buscando mitigar os impactos das enchentes não apenas na saúde pública, mas também em outros agravos como tétano acidental, hepatite A e acidentes com animais peçonhentos.