POLÍCIA
Homem é Preso por Ameaçar Juíza e Divulgar Cenas Íntimas; Polícia Investiga Possível Relação com Facção Criminosa
Na manhã desta quarta-feira (4), Erick Felipe de Sousa Carvalho, de 31 anos, foi preso em flagrante em Parnaíba, no litoral do Piauí, suspeito de ameaçar uma juíza de morte após ser condenado por furto qualificado. Erick também enfrenta acusações de divulgação não autorizada de cenas íntimas nas redes sociais.
A prisão ocorreu após Erick gravar e publicar um vídeo ameaçando a juíza da 1ª Vara Criminal e da Vara de Execuções Penais de Parnaíba, que o havia condenado pelo furto. No vídeo, ele fez declarações ameaçadoras e violentas:
“Tu vai entrar é na bala, juíza da desgraça. […] Querer vir me prender, todo mundo sabe onde é que eu moro, tão pra me matar ou morrer. Me entrego pra vocês, não, eu meto é bala, entendeu?”, declarou Erick.
Além das ameaças com armas de fogo, Erick também ameaçou usar bombas contra a juíza e o Ministério Público do Piauí (MPPI), conforme relatado pela Força Integrada de Combate ao Crime Organizado (Ficco-PI). Ele afirmou fazer parte de uma facção criminosa e incitou o grupo a invadir o fórum.
O delegado Ayslan Magalhães, responsável pela investigação, destacou que a polícia irá apurar a possível conexão de Erick com organizações criminosas e a origem de seu dinheiro, uma vez que ele ostentava riqueza nas redes sociais. “Vamos investigar de onde vinha esse dinheiro”, afirmou o delegado.
Erick também enfrenta acusações de ter divulgado vídeos íntimos de uma proprietária de casas noturnas em Luís Correia e Parnaíba, além de já ter sido preso duas vezes sob suspeita de cárcere privado. Em outro vídeo, Erick foi visto cortando uma carteira de trabalho com uma tesoura, alegando não precisar do documento e que ganhava em dólar.
A Polícia Civil do Piauí informou que Erick poderá responder por injúria, ameaça e coação no processo contra a juíza. Durante sua prisão, o celular de Erick foi apreendido para perícia, e uma touca balaclava encontrada no local, presente nos vídeos, também será investigada para determinar seu uso em crimes.
Erick alegou ter um laudo psiquiátrico que indicaria um distúrbio mental, mas a polícia ressaltou que qualquer alegação de inimputabilidade será avaliada ao longo do processo.