NACIONAL
Bolsonaro Critica STF e Pede Impeachment de Moraes em Manifestação na Avenida Paulista
O ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) reuniu uma multidão de apoiadores na Avenida Paulista, em São Paulo, na tarde deste sábado (7), durante uma manifestação em celebração ao Dia da Independência do Brasil. Em seu discurso, Bolsonaro atacou severamente o ministro do Supremo Tribunal Federal (STF), Alexandre de Moraes, acusando-o de parcialidade nas eleições de 2022 e exigindo seu impeachment.
A manifestação foi marcada por uma série de cartazes que pediam a destituição de Moraes e clamavam por uma “contagem pública dos votos”. Bolsonaro também criticou o presidente do Senado, Rodrigo Pacheco (PSD-MG), e chamou Moraes de “ditador”, afirmando que ele causa mais dano ao Brasil do que o próprio Luiz Inácio Lula da Silva.
“Aquilo jamais foi um golpe de estado. Eu lamento por essas pessoas presas, hoje nós temos órfãos de pais vivos no Brasil. Nós temos que, através de uma anistia, beneficiar essas pessoas que foram injustamente condenadas. Só assim, nós podemos sonhar com a pacificação do Brasil,” afirmou Bolsonaro, que está inelegível por decisão do Tribunal Superior Eleitoral (TSE).
O discurso de Bolsonaro encerrou um ato organizado pelo pastor Silas Malafaia e contou com a presença de outros apoiadores notáveis, incluindo os deputados federais Nikolas Ferreira (PL-MG) e Eduardo Bolsonaro (PL-SP), bem como o governador de São Paulo, Tarcísio de Freitas (Republicanos).
Durante o evento, Nikolas Ferreira exigiu que o presidente da Câmara dos Deputados, Arthur Lira (PP-AL), coloque em pauta um projeto de anistia para os presos pelos atos golpistas de 8 de janeiro, como condição para o apoio da direita à sua candidatura à presidência da Câmara. Ferreira também pressionou Lira a pautar o impeachment de Alexandre de Moraes.
“Se o presidente Lira deseja ter os votos da direita para o seu candidato à presidência da Câmara, que paute ainda este ano a anistia para os presos políticos. Paute o impeachment do ministro Alexandre de Moraes, seu covarde,” disse Ferreira em seu discurso no trio elétrico durante o ato. Pacheco já declarou que pressões para levar o projeto à votação não terão efeito.
A manifestação destaca a crescente polarização política no Brasil e as tensões entre diferentes setores da sociedade e do governo. O caso segue sendo monitorado pelas autoridades e pela imprensa.