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INTERNACIONAL

Candidato da Oposição Venezuelana, Edmundo González, Recebe Asilo Político na Espanha

Publicado

O candidato da oposição venezuelana, Edmundo González, chegou à Espanha neste domingo (8), após seu pedido de asilo político ter sido aceito. González desembarcou na Base Aérea de Torrejón de Ardoz, próximo a Madri, a bordo de uma aeronave da Força Aérea espanhola.

González, que disputou as eleições presidenciais de julho contra o atual presidente Nicolás Maduro, deixou Caracas no sábado (7) após a Justiça venezuelana emitir um mandado de prisão a pedido do Ministério Público. O Ministério das Relações Exteriores da Espanha confirmou a chegada de González e reafirmou o compromisso do governo espanhol com a proteção dos direitos políticos e da integridade física dos venezuelanos.

Contexto do Asilo Político

Antes de chegar à Espanha, González passou mais de um mês refugiado na Embaixada da Holanda em Caracas, depois das eleições de 28 de julho, conforme informações da Bloomberg. Ele posteriormente se dirigiu à embaixada espanhola, de onde partiu para a Europa. María Corina Machado, líder da oposição e aliada de González, justificou a solicitação de asilo alegando que sua vida estava em perigo na Venezuela devido às ameaças e investigações contra ele.

Resposta Oficial do Governo Venezuelano

A vice-presidente da Venezuela, Delcy Rodríguez, afirmou que o governo venezuelano concedeu salvo-conduto para que González deixasse o país após contatos diplomáticos com o governo espanhol. Rodríguez enfatizou que a medida reflete o respeito às leis por parte da República Bolivariana.

Controvérsia Pós-Eleitoral

A candidatura de González gerou controvérsia desde o anúncio dos resultados das eleições presidenciais de julho, nas quais Nicolás Maduro foi declarado vencedor. A oposição venezuelana alega que González venceu com ampla vantagem, baseando-se em atas eleitorais impressas publicadas em um site. No entanto, as autoridades eleitorais e o Ministério Público do país declararam as atas como falsas, acusando González de crimes como usurpação de funções, falsificação de documentos, incitação a atividades ilegais e sabotagem de sistemas.

Investigação em Curso

O Ministério Público da Venezuela, frequentemente descrito como alinhado ao governo de Maduro, informou que González foi convocado três vezes para prestar depoimento, mas ignorou as intimações, levando ao pedido de prisão. María Corina Machado também está sendo investigada pelo Ministério Público por sua participação na publicação das atas eleitorais.

O caso de González é mais um episódio na turbulenta política da Venezuela, marcada por tensões entre o governo e a oposição e uma forte presença de observadores internacionais que monitoram os direitos humanos e a integridade eleitoral no país.

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Mantido por Jhony Souza