INTERNACIONAL
Procuradoria pede que Cristina Kirchner pegue 12 anos de prisão
Ação faz parte da operação Vialidad, que investiga Kirchner por supostos crimes de corrupção durante seu mandato como presidente.
O Ministério Público da Argentina pediu, que a Justiça do país decrete a prisão da vice-presidente do país, Cristina Kirchner, por suposta corrupção quando foi presidente, entre 2007 e 2015.
Os promotores Diego Luciani e Sergio Mola, que assinam o texto, pedem que Kirchner receba uma pena de 12 anos de prisão e seja “permanentemente” proibida de exercer cargos públicos. Além disso, pedem o confisco de R$ 5,3 milhões de pesos argentinos, o equivalente a R$ 200 mil.
A ação faz parte da operação Vialidad, que investiga Kirchner por supostos crimes de associação ilícita, agravada pelo cargo de chefe, e administração fraudulenta agravada em detrimento da administração pública.
A vice-presidente nega as acusações e pediu extensão de sua declaração investigativa para terça-feira (30/8). Sua defesa argumenta que “em violação aberta do princípio de defesa no tribunal, [os promotores] montaram questões em sua acusação que nunca foram levantadas”.
“Os promotores [Diego] Luciani e [Sergio] Mola estão saindo do Estado de Direito e construindo um relato midiático para que a sociedade tenha bom senso e acredite que Cristina Fernández de Kirchner era a chefe de uma associação ilícita para dirigir obras públicas”, declarou o advogado de Kirchner, Gregorio Dalbón.
A pena total pelos crimes que foi acusada chega a 16 anos, mas, para que seja cumprida, deve passar pelo Supremo Tribunal de Justiça argentino. Por isso, mesmo caso seja condenada, poderá ser candidata nas eleições do próximo ano. A expectativa é de que o veredito seja dado até dezembro.
O pedido do MP foi recebido com reprovação por políticos do país, como o presidente Alberto Fernández.
“Hoje é um dia muito desagradável para quem, como eu, cresceu na família de um juiz, foi educado no mundo do direito e ensina Direito Penal há mais de três décadas. Mais uma vez, transmito meu mais profundo carinho e solidariedade a vice-presidente”, escreveu ele no Twitter.
Nesse domingo (21/8), 500 prefeitos assinaram uma carta pública em defesa de Kirchner, a quem consideram “vítima de perseguição judicial”.
Fonte: Metrópoles