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Omar Aziz é alvo de críticas em CPI

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O presidente da Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) da Pandemia, senador Omar Aziz (PSD-AM), foi duramente criticado por tentar promover uma disputa política regional. Aziz colocou em pauta 62 requerimentos, além dos 41 de sua autoria, entre eles a quebra de sigilo fiscal de familiares do deputado Fausto Jr., relator da CPI da Saúde da Assembleia Legislativa do Estado (ALE). Para o senador Eduardo Braga (MDB-AM), a atitude de Aziz não condiz com o propósito da CPI e que os requerimentos por ele submetidos representam disputa regional para a eleição de 2022.

Na abertura da sessão desta quarta-feira, na votação dos requerimentos, o senador Eduardo Braga questionou a iniciativa de Aziz. “Por que que não podemos apurar o consórcio do Nordeste? (…) Vossa Excelência tá pedindo quebra, inclusive, (quebra de sigilo) de filha de conselheira (…) Agora nós viramos Receita Federal? Essa comissão não é uma questão de disputa regional (…) A CPI não é instrumento pra isso”, questionou o líder do MDB no Senado. “Vossa Excelência quer trazer para esta comissão a disputa de 2022 no Estado no Amazonas. Não faça isso, senador!”, continuou Braga.

Em depoimento à CPI do Senado, na terça-feira, 29, Fausto Júnior criticou a gestão de Omar como governador por contratos indenizatórios na Saúde. Omar reagiu e atacou o deputado e a mãe do parlamentar, a conselheira do Tribunal de Contas do Estado Yara Lins.
Braga questionou: “Quebre (o sigilo) as empresas, comprove. (…) Nós, na Comissão Parlamentar de Inquérito, não podemos fazer desta comissão um alvo do nosso instrumento particular de investigação”, criticou Braga. Para o senador, os fatos relacionados à pandemia do coronavírus envolvendo desvios recursos públicos e outros crimes devem ter prioridade na comissão.

Os outros membros da CPI interviram e o relator Renan Calheiros disse que as investigações não podem ser direcionadas para os interesses do presidente do colegiado Omar Aziz. Já senador Otto de Alencar (BA) pediu para que os parlamentares resolvessem as questões regionais em outra ocasião.

Após pressão sobre a mudança do foco da CPI, Aziz recuou e retirou os requerimentos de sua autoria da pauta.

Os trabalhos então continuaram. Os senadores convocaram o empresário Carlos Wizard, apontado como integrante do suposto gabinete paralelo de assessoramento ao presidente Jair Bolsonaro em assuntos da pandemia. Amparado por uma decisão do Supremo Tribunal Federal (STF), Wizard fez apenas uma fala inicial aos senadores e optou por ficar em silêncio durante as cinco horas e meia de interrogatório promovido pelos integrantes da CPI.

Quando apresentou sua versão, Wizard negou que tenha participado ou tenha conhecimento do “gabinete paralelo” e afirmou também que nunca fez “qualquer movimento” para a compra de medicamentos para enfrentamento à Covid ou financiamento de comunicação sobre o tema.

Fonte: D24am

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