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Chefes de quadrilha que aplicava golpes financeiros vivem no luxo em Dubai, diz polícia

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Sócios de empresas que, segundo a polícia, fizeram vítimas com a promessa de retorno financeiro fácil estão em Dubai, nos Emirados Árabes, ostentando uma vida de luxo.

Segundo as investigações, Gustavo Pontes Galvanho, Tiago Achiles e Rafael Ramiro montaram consultorias financeiras no Rio de Janeiro, São Paulo, Pernambuco e Sergipe e convenciam investidores de todo o Brasil a entregar altos valores sob a promessa de retorno de até 4% ao mês.

O dinheiro, no entanto, jamais era devolvido, e Gustavo e Tiago se mudaram para Dubai com os aportes desviados. A Polícia Civil do RJ pediu a prisão dos três sócios, mas a Justiça ainda não se manifestou.

A enfermeira Deise da Silva foi uma das vítimas do bando: ela perdeu R$ 100 mil no esquema.

“Pedi às pessoas da minha confiança para dar uma olhada no contrato. Todo mundo dizia que era registrado em cartório e que não tinha nada de anormal, que eu poderia confiar”, lembrou.

Segundo Deise, os golpistas lhe prometeram retorno mensal de R$ 2.500. Nada foi pago.

Outra vítima disse ter convencido o marido, desempregado, a fazer um empréstimo de R$ 35 mil na consultoria de Galvanho. Hoje o casal acumula uma dívida que chega aos R$ 80 mil.

O desempregado Robson Macedo também foi lesado.

“Eu estou no fundo do poço. Desempregado, com 61 anos, falido, quebrado, devendo ao banco. Estou vivendo à base de remédio de depressão. Se não é minha mãe, eu estava morando na rua.”

Pirâmide é crime

Segundo a polícia, o esquema de Galvanho, Achiles e Ramiro, que prometia alto lucro em pouco tempo, era uma espécie de pirâmide financeira — prática considerada crime contra a economia popular no Brasil.

“Quando prometem um retorno alto e dizem que não tem risco, já existe uma fraude”, alerta o economista Luiz Gustavo Medina.

Os três sócios foram indiciados pelos crimes de associação criminosa, crime contra a economia popular e estelionato.

As defesas de Galvanho e Ramiro não se manifestaram. O advogado de Achiles negou a participação do cliente no esquema.

Proposta de retorno era golpe — Foto: Reprodução/TV Globo
Proposta de retorno era golpe — Foto: Reprodução/TV Globo

Fonte: G1

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