NACIONAL
Varíola dos macacos: com novos registros em Rondônia, Brasil chega a seis casos suspeitos
O ministro da Saúde, Marcelo Queiroga, confirmou por meio de sua conta no Twitter mais dois casos suspeitos de varíola dos macacos em Rondônia. Com isso, chega a seis o número de possíveis diagnósticos em monitoramento no Brasil. Os outros quatro pacientes em investigação estão no Rio Grande do Sul, Santa Catarina, Ceará e Mato Grosso do Sul.
“O @minsaude (Ministério da Saúde) segue vigilante atuando diuturnamente nesta frente. Além dos 4 casos que estavam em investigação, outros 2 casos suspeitos foram notificados em Rondônia. Todos seguem isolados e em monitoramento”, escreveu o titular da pasta na rede social.
Queiroga ressaltou que ainda não há casos confirmados da infecção pelo vírus monkeypox no Brasil. Na América Latina, há ao menos duas pessoas contaminadas na Argentina e um paciente com suspeita na Bolívia.
Desde o início de maio, ao menos 780 casos foram registrados em 27 países onde a doença não é endêmica, disse a Organização Mundial de Saúde (OMS) neste domingo, acrescentando que “é altamente provável que outros países identifiquem mais casos e que haverá maior expansão do vírus”.
Segundo a organização, o risco pode ser elevado caso o patógeno se torne endêmico nesses lugares. A Europa é a região mais afetada até o momento, com Reino Unido, Espanha e Portugal concentrando juntos cerca de 70% dos casos.
A doença não era comum fora da África Central e Ocidental – onde a varíola dos macacos é endêmica. Porém, pela primeira vez, países de fora da região, e de todos os continentes, vivem casos de transmissão local do patógeno.
A doença é uma versão semelhante à varíola erradicada em 1980, embora mais rara, mais leve e com a transmissão entre pessoas mais difícil de acontecer. O período de incubação do vírus monkeypox – tempo entre infecção e aparecimento de sintomas – é geralmente de 6 a 13 dias, mas pode variar de 5 a 21 dias, segundo a OMS. Quando surgem, os sinais são febre, dor de cabeça, dores musculares e erupções na pele (lesões) que começam no rosto e se espalham para o resto do corpo, principalmente as mãos e os pés. Geralmente, a doença é leve, e os sintomas desaparecem sozinhos dentro de duas a três semanas.
A transmissão entre humanos se dá pelo contato com lesões, fluidos corporais, compartilhamento de materiais contaminados e vias respiratórias. Isso inclui o contato íntimo, com uma série de registros sendo associados a relações sexuais.
Dados mostram que os imunizantes utilizados para erradicar a varíola tradicional, em 1980, são até 85% eficazes contra essa versão. Apesar de a cepa detectada nos países fora da África ter uma letalidade de 1%, não foram registrados óbitos até então.
Fonte: O Globo