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POLÍCIA

Petista mata amigo bolsonarista com oito facadas durante discussão

Autor alegou que vítima disse que “todo petista é ladrão”, além de ter lhe jogado uma panela e ido para cima dele com a faca.

Publicado

Um apoiador do presidente Jair Bolsonaro (PL), de 59 anos, morreu após ser esfaqueado oito vezes durante uma discussão política com um amigo, que apoia o candidato Luiz Inácio Lula da Silva (PT), na tarde de terça-feira, 5, em Itanhaém. O autor, identificado como Luiz Antonio Ferreira da Silva, alegou que a briga com José Roberto Gomes Mendes foi política. O caso segue em investigação. 

O crime ocorreu por volta das 15h, na Avenida Santo André. A Polícia Militar foi acionada para atender ao caso, e quando chegou ao local indicado, encontrou o tio da vítima. O homem relatou que o sobrinho havia sido esfaqueado durante uma briga e estava caído, precisando de socorro. 

Em seguida, o Serviço de Atendimento Móvel de Urgência (Samu) chegou e constatou o óbito de José. 

Ao lado do corpo dele, estava Luiz, que foi abordado pela equipe e contou que toda a discussão aconteceu enquanto ele preparava o almoço. O petista alegou que a briga começou por causa de política, sendo ele eleitor de Lula, e a vítima de Bolsonaro. 

Pouco depois da briga ter começado, José começou a quebrar “as coisas da casa” e pegou uma faca na cozinha, e por isso, os dois entraram em luta corporal, segundo ele. Mas que José se machucou pois teria caído em cima da faca. 

No entanto, a história não condizia com o que o suspeito contou, já que a vítima tinha diversas facadas pelo corpo. Ele foi detido e encaminhado para a Delegacia de Investigações Especiais (DIG) de Itanhaém, onde confessou o crime. 

Em depoimento, ele relatou que os dois moravam juntos há aproximadamente cinco anos, sendo que sempre se deram muito bem, mas na terça-feira, enquanto cozinhavam, José disse que “todo petista era ladrão”, e os dois começaram a discutir. 

Ainda segundo Luiz, José atirou uma panela e uma rádio em sua direção, e então pegou uma faca, vindo em sua direção. Na versão, ele declara que os dois entraram em luta corporal, e caíram na cama, quando o suspeito conseguiu tirar a faca da mão do bolsonarista. 

Nesse momento, o petista passou a golpeá-lo, o atingindo primeiro no pescoço. O suspeito também afirmou em depoimento que quando se deu conta do que havia feito, tentou levar a vítima para fora para socorrer, mas ele acabou caindo no terreno ao lado da casa. 

De acordo com a Polícia Civil, que “os motivos e a quantidade de facadas empregadas descartam, por hora, o eventual reconhecimento de legítima defesa por parte deste subscritor, sendo o fato típico, ilícito e a presumidamente culpável”. Luiz responderá por homicídio, e segue preso. 

Outros casos

No Mato Grosso do Sul, no mês passado, a Polícia Civil prendeu em flagrante um trabalhador rural bolsonarista que matou a facadas um colega, apoiador do PT. Rafael Silva de Oliveira, de 24 anos, confessou ter matado Benedito Cardoso dos Santos, de 42 anos, na noite de 7 de setembro durante uma discussão por política.

A primeira morte por divergência de opinião política, ocorreu dia 10 de Julho, quando o guarda municipal e tesoureiro do PT Marcelo Aloizio de Arruda, de 50 anos, morreu após ser baleado na própria festa de aniversário em Foz do Iguaçu, no oeste do Paraná. O homem que atirou contra Marcelo Arruda foi o policial penal federal Jorge Jose da Rocha Guaranho, que se identifica em redes sociais como apoiador do presidente Bolsonaro (PL).

Com informações do site Terra