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Putin diz que está pronto para chegar a acordo com Trump sobre guerra na Ucrânia

Presidente russo também afirmou não ter condições de iniciar conversas com autoridades de Kiev

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Foto: Reprodução/Reuters

O presidente russo, Vladimir Putin, disse na quinta-feira (19) que estava pronto para chegar a um acordo sobre a Ucrânia em possíveis negociações com o presidente eleito dos Estados Unidos, Donald Trump. O russo também afirmou que não tinha condições de iniciar conversas com as autoridades ucranianas.

Trump, um autoproclamado mestre em intermediar acordos e autor do livro de 1987 “Trump: A Arte da Negociação”, prometeu acabar rapidamente com o conflito, mas ainda não deu detalhes sobre como poderia fazer isso.

Putin, participando da sessão anual de perguntas e respostas com os russos, disse a um repórter de um canal de notícias dos Estados Unidos que estava pronto para se encontrar com Trump, com quem ele disse não falar há anos.

Questionado sobre o que ele poderia oferecer a Trump, Putin rejeitou a afirmação de que a Rússia estava em uma posição fraca, dizendo que Moscou ficou muito mais forte desde que ele ordenou o envio de tropas para a Ucrânia em 2022.

Sempre dissemos que estamos prontos para negociações e compromissos”, disse Putin, após afirmar que as forças russas, avançando por toda a frente, estavam se movimentando para atingir seus objetivos principais na Ucrânia.

Em breve, aqueles ucranianos que querem lutar vão acabar, na minha opinião, em breve não sobrará ninguém que queira lutar. Estamos prontos, mas o outro lado precisa estar pronto para negociações e compromissos”, disse ele.

A Reuters informou no mês passado que Putin estava aberto a discutir um acordo de cessar-fogo na Ucrânia com Trump, mas descartou fazer grandes concessões territoriais e insistiu que Kiev abandonasse suas ambições de se juntar à Otan.

Putin disse na quinta-feira (19) que a Rússia não tinha condições de iniciar negociações com a Ucrânia e estava pronta para negociar com qualquer um, incluindo o presidente Volodymyr Zelensky.

Mas ele disse que qualquer acordo só poderia ser assinado com as autoridades legítimas da Ucrânia, que por enquanto o Kremlin considerava ser apenas o parlamento ucraniano.

Zelensky, cujo mandato tecnicamente expirou, mas que adiou uma eleição por causa da guerra, precisaria ser reeleito para que Moscou o considerasse um signatário legítimo de qualquer acordo para garantir que ele fosse juridicamente sólido, disse Putin.

Ele acrescentou que qualquer negociação deve ter como ponto de partida um acordo preliminar alcançado entre negociadores russos e ucranianos nas primeiras semanas da guerra, em negociações em Istambul, que nunca foi implementado.

Alguns políticos ucranianos consideram esse projeto de acordo semelhante a uma capitulação que neutralizaria as ambições militares e políticas da Ucrânia.

Fonte: CNN Brasil

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