Argentina encerra governo de Alberto Fernández com inflação de 160,9% e desafios para novo presidente

O governo de Alberto Fernández na Argentina chegou ao fim com uma taxa de inflação interanual de 160,9%, prevendo-se um possível aumento para cerca de 200% até o final de 2023. O novo presidente, Javier Milei, anunciou um pacote de medidas econômicas que provocou uma desvalorização da moeda em 55%, agravando a situação.

Os dados divulgados pelo Indec mostram um aumento significativo nos setores de Saúde, Alimentação, e Comunicação, refletindo o impacto direto nos preços dos medicamentos, alimentos e serviços de telecomunicação.

O fim do programa Preços Justos, que mantinha artificialmente os preços dos alimentos, já gerou um aumento perceptível nos produtos básicos. Com expectativas de aumentos consideráveis em itens como carnes, macarrão, farinha e óleos, a inflação poderá disparar ainda mais.

Apesar dos setores como Moradia, Água, Eletricidade, e Educação apresentarem menores variações, a desvalorização provocada pelas medidas de Milei deve elevar a inflação, prevendo-se um encerramento do ano com índices não vistos desde a hiperinflação dos anos 1990.

Foto: REUTERS/Agustin Marcarian