Associação de Magistrados se pronuncia sobre tentativa de homicídio contra policial em Belo Horizonte

A Associação de Magistrados Mineiros (Amagis) se manifestou após o incidente envolvendo o sargento da Polícia Militar Roger Dias, de 29 anos, baleado durante uma perseguição no bairro Aarão Reis, na zona norte de Belo Horizonte. Em um comunicado divulgado no domingo (7), a entidade relacionou a tentativa de homicídio à disparidade social no país.

A associação lamentou a tragédia vivenciada pelo sargento Dias e afirmou que o ocorrido reflete a sociedade atual, cada vez mais violenta e intolerante, destacando a falta de enfrentamento das causas da violência urbana, como a disparidade social e a falta de oportunidades para ex-detentos.

A Amagis também rebateu comentários considerados desvinculados da realidade e ressaltou que o acusado estava em regime semiaberto e tinha direito a saídas temporárias para o trabalho, seguindo as normas estabelecidas pelo Tribunal de Justiça de Minas Gerais (TJ-MG) e pelo Superior Tribunal de Justiça (STJ).

Detalhes do crime mostram que o sargento Roger Dias foi atingido por disparos durante uma perseguição, com um dos suspeitos sacando uma arma e efetuando os tiros à queima-roupa. O estado de saúde do policial é considerado “irreversível”, e a PM iniciou os protocolos para confirmar a morte cerebral.

O autor dos disparos, com extensa ficha criminal, estava em saída temporária e responde por crimes como roubo, falsidade ideológica, receptação e tráfico de drogas. A Amagis frisou que a legislação brasileira permite as saídas temporárias e salientou que a Justiça agiu de acordo com as normativas legais nos casos envolvendo os suspeitos.

A entidade manifestou pesar pela situação e defendeu ações que enfrentem as raízes da violência urbana, indicando a necessidade de oportunidades para ex-detentos e a redução das desigualdades sociais para combater a violência.