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NACIONAL

Investigação da CGU Conclui que Cartão de Vacinação de Bolsonaro Tem Registro Falso de Imunização contra a Covid-19

Publicado

Foto: Reuters/ Adriano Machado

Uma investigação conduzida pela Controladoria-Geral da União (CGU) revelou que o registro de imunização contra a covid-19 presente no cartão de vacinação do ex-presidente Jair Bolsonaro é falso. A apuração teve origem em um pedido à Lei de Acesso à Informação (LAI) realizado no final de 2022.

Os dados atuais do Ministério da Saúde indicam que Bolsonaro teria se vacinado em 19 de julho de 2021 na Unidade Básica de Saúde (UBS) Parque Peruche, na zona norte de São Paulo. No entanto, a CGU constatou que o ex-presidente não estava na capital paulista nessa data, e o lote de vacinação registrado no sistema do Ministério da Saúde não estava disponível na UBS na data indicada. Registros da Força Aérea Brasileira (FAB) mostram que Bolsonaro voou de São Paulo para Brasília um dia antes da suposta vacinação, sem realizar outros voos até pelo menos 22 de julho de 2021.

Depoimentos de funcionários da UBS, incluindo a enfermeira indicada no cartão de vacinação, negaram a presença de Bolsonaro no local na data informada. A CGU concluiu que a fraude ocorreu no sistema estadual, onde todos os funcionários da UBS compartilhavam o mesmo login e senha do sistema VaciVida, mantido pela Secretaria Estadual de Saúde de São Paulo. Apesar de não identificar um agente público responsável, a CGU recomendou o arquivamento do caso, encaminhando os resultados para as autoridades estaduais e municipais de São Paulo para providências.

Essa não foi a primeira vez que um cadastro de vacinação atribuído a Bolsonaro gerou suspeitas. Dois registros em Duque de Caxias (RJ), efetuados por agentes municipais, foram cancelados antes da investigação da CGU. A suspeita de um esquema de fraude em cartões de vacinação resultou na Operação Venire da Polícia Federal, com a prisão do tenente-coronel Mauro Cid, ex-ajudante de ordens da Presidência da República. Na época, a defesa de Bolsonaro negou seu envolvimento direto no caso. Em depoimento à Polícia Federal em maio do ano passado, Bolsonaro afirmou estar à disposição da Justiça e negou orientações para alterar seus registros de vacinação.

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