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Brasil enfrenta pior cenário de dengue do século: mais de 2 milhões de casos prováveis

Publicado

Foto: Divulgação

Na quinta-feira, 21 de março, o Brasil encara uma crise sanitária alarmante com o registro do pior cenário de dengue do século. De acordo com dados oficiais do Ministério da Saúde, liderado por Nísia Trindade, o país contabilizou um total de 2.010.869 casos prováveis da doença. O número de mortes confirmadas atingiu 682, enquanto outras 1.042 estão sob investigação, aumentando o temor da propagação da doença.

À medida que o país adentra na 11ª semana epidemiológica, os números continuam a crescer alarmantemente, com a adição de 135.146 novos casos de dengue somente nesta semana. Minas Gerais é o estado mais afetado, com 676.758 casos registrados, representando 33,66% do total de doentes no país. Enquanto isso, o Distrito Federal lidera em número de mortes, contabilizando 153 óbitos apenas neste ano.

O infectologista Unaí Tupinambas, professor da Faculdade de Medicina da Universidade Federal de Minas Gerais (UFMG), em entrevista à rádio Itatiaia, alertou para a perspectiva de que o Brasil supere a marca de 2 milhões de casos de dengue até abril, o que intensifica a urgência de medidas preventivas e de tratamento.

Diante da explosão de casos, o Ministério da Saúde tem recomendado o uso de testes rápidos para detectar a doença. Essa medida não apenas agiliza o diagnóstico, mas também possibilita um tratamento mais eficaz para os pacientes. O teste rápido, que detecta o antígeno NS1, fornece resultados em 15 a 30 minutos, garantindo uma eficiência de 100% para resultados positivos. No entanto, resultados negativos podem não ser conclusivos, exigindo testes complementares em casos de persistência de sintomas.

Este não é o primeiro surto de dengue enfrentado pelo Brasil. Antes desse recorde histórico, em 2015, durante o governo da ex-presidente Dilma Rousseff, o país registrou 1.688.700 casos da doença. A série histórica da dengue teve início em 2000, durante o segundo mandato do ex-presidente Fernando Henrique Cardoso. A situação atual exige uma ação rápida e coordenada das autoridades de saúde, incluindo a mobilização de recursos e a conscientização da população sobre medidas preventivas, como a eliminação de criadouros do mosquito Aedes aegypti, transmissor da doença. A falha em controlar essa epidemia pode resultar em consequências devastadoras para a saúde pública e a qualidade de vida dos brasileiros.

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