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NACIONAL

PF detalha esquema de fraude envolvendo Bolsonaro em certificados de vacinação contra COVID-19

Publicado

Foto: Divulgação

Após uma investigação minuciosa, a Polícia Federal (PF) detalhou um esquema de fraude que envolve o ex-presidente Jair Bolsonaro e outras pessoas próximas a ele em certificados de vacinação contra a COVID-19. O caso veio à tona com base em depoimentos e provas, incluindo mensagens de celular, registros de acesso a sistemas de saúde e dados de localização dos envolvidos.

O esquema teve início quando o ex-ajudante de ordens da Presidência, Mauro César Cid, solicitou a um colega do Exército, Luis Marcos dos Reis, ajuda para obter um certificado de vacinação falso para sua esposa. Reis, por sua vez, envolveu seu sobrinho, o médico Farley Vinicius de Alcântara, que forneceu um cartão de vacinação preenchido com informações falsas e assinado por ele mesmo.

A investigação revelou que as doses da vacina nunca foram aplicadas, e o documento fraudulento foi utilizado para inserir dados falsos no sistema de registro de vacinação. Após várias tentativas fracassadas, o esquema finalmente obteve sucesso, emitindo certificados de vacinação contra a COVID-19 ilegalmente.

Esses certificados falsos foram utilizados em viagens de lazer, especialmente para os Estados Unidos, beneficiando não apenas Bolsonaro, mas também outras pessoas próximas a ele, incluindo familiares e auxiliares.

O indiciamento de Bolsonaro, Cid e outras pessoas envolvidas por diversos crimes relacionados à falsificação de certificados de vacinação é o desdobramento dessa investigação. O relatório da PF será encaminhado ao Ministério Público Federal para continuidade do caso.

Em resposta, o advogado Fabio Wajngarten, representante de Bolsonaro, criticou o indiciamento, chamando-o de absurdo e alegando perseguição política. Wajngarten destacou que, durante o mandato presidencial de Bolsonaro, não havia exigência de apresentação de certificados para viagens, reforçando a posição de que se trata de uma tentativa de esvaziar o capital político do ex-presidente. Bolsonaro sempre negou ter tomado a vacina para COVID-19, afirmando que não existe adulteração de sua parte nesse sentido.

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