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POLÍCIA

PF Envia Agentes aos EUA para Investigar Venda de Joias Recebidas por Bolsonaro

Publicado

A Polícia Federal (PF) planeja enviar um grupo de agentes aos Estados Unidos para investigar a suposta venda de joias recebidas por Jair Bolsonaro durante seu mandato como presidente da República. Os itens, recebidos pelo brasileiro na condição de chefe de Estado, teriam sido comercializados nos EUA, com a colaboração do general do Exército Mauro Lourena Cid e de seu filho, o ex-ajudante de ordens de Bolsonaro Mauro Cid. As informações foram divulgadas pelo site Terra.

A PF pretende concluir as investigações após a viagem, que está prevista para ocorrer em data futura. Atualmente, as investigações estão em curso no Supremo Tribunal Federal (STF), sob a relatoria do ministro Alexandre de Moraes.

Em agosto passado, vieram à tona conversas entre Mauro Cid e o pai, incluindo fotografias das peças recebidas por Bolsonaro. Uma das fotos mostra o rosto do general refletido no vidro da caixa que continha o presente oficial – neste caso, esculturas de um barco e de uma palmeira.

As esculturas foram recebidas por Bolsonaro em novembro de 2021, durante o Seminário Empresarial da Câmara de Comércio Árabe-Brasileira, no Bahrein. As investigações sobre a venda das joias começaram com a revelação, pelo Estadão, de que um assessor do ex-presidente tentou entrar no Brasil de forma irregular com as joias.

Em depoimento à PF em março, Mauro Cid admitiu ter participado da venda de dois relógios de luxo e afirmou que parte do dinheiro da venda dos presentes no exterior teria sido repassada a Bolsonaro.

Desde o ano passado, o FBI americano colabora com as investigações, conforme um acordo de cooperação firmado com o Brasil.

Segundo os investigadores, Bolsonaro teria levado consigo quatro conjuntos de presentes estrangeiros ao sair do país em dezembro de 2022. Uma caixa de joias recebida da Arábia Saudita apareceu em uma loja de produtos de luxo em Nova York pouco depois, no começo de 2023.

A informação sobre a viagem dos agentes da PF a Nova York foi publicada pelo jornal Folha de S.Paulo e confirmada pelo Estadão.

Em agosto passado, a PF deflagrou uma operação para apurar a suposta venda de joias recebidas por Bolsonaro, tendo como alvos o general Mauro Cid, o segundo-tenente Osmar Crivelatti e o ex-advogado de Bolsonaro Frederick Wassef.

Bolsonaro e sua esposa, Michelle Bolsonaro, prestaram depoimento à PF no caso das joias no final de agosto passado, permanecendo em silêncio. Em março do ano passado, quando o caso veio à tona, Bolsonaro negou irregularidades, afirmando nunca ter praticado ilegalidades.

A reportagem procurou o ex-presidente por meio de seu advogado, mas não obteve resposta.

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