Apoiadores de Bolsonaro ocupam Avenida Paulista em meio às investigações da PF

Na tarde do último domingo (25), a Avenida Paulista, em São Paulo, é tomada por apoiadores do ex-presidente Jair Bolsonaro (PL), em meio a suspeitas de tentativa de golpe de Estado e investigações em curso pela Polícia Federal (PF) .

O ato teve início oficialmente às 14h (horário de Brasília), porém, desde as primeiras horas da manhã, o cenário icônico paulistano já apresenta movimentos intensos, com apoiadores vestindo camisas verdes e amarelas e exibindo bandeiras do Brasil, de Israel e de Bolsonaro nas calçadas.

Devido à movimentação incomum, o Museu de Arte de São Paulo Assis Chateaubriand (Masp) precisou fechar suas portas temporariamente.

Jair Bolsonaro, através de um vídeo amplamente divulgado por seus aliados nas redes sociais, convocou seus seguidores para um “ato pacífico” em defesa do “Estado democrático de direito”. Diversos aliados políticos aderiram à convocação, como Alexandre Romagem, investigado no caso Abin Paralela, Carla Zambelli e Carlos Jordy, ambos sob investigação pela Polícia Federal.

Entretanto, muitos aliados não puderam comparecer devido a uma medida expedida de Alexandre de Moraes, que proibiu o contato entre investigados e o político, incluindo o presidente do Partido Liberal (PL), Valdemar Costa Neto, e os generais Heleno e Braga Netto.

Um robusto esquema de segurança foi preparado, com 2 mil agentes da Polícia Militar na Avenida Paulista e áreas adjacentes, provenientes de batalhões como Força Tática, 7º Batalhão de Ações Especiais (Baep), Choque, Cavalaria, Policiamento de Trânsito e Comando de Aviação da Polícia Militar, além do uso de drones.